A hérnia de disco lombar é caracterizada pelo
deslocamento do núcleo pulposo para os espaços intervertebrais
(centro do disco que se localiza entre as vértebras da nossa coluna).
Admite-se que 80% da população mundial adulta têm ou terão
lombalgia, 30 a 40% desta população apresentam hérnia de disco lombar de forma
assintomática e 2 a 3% já estão acometidos pelo sintoma desta patologia, cuja
prevalência acima dos 35 anos é de 4,8% no universo masculino e 2,5% no
feminino. A idade média para o aparecimento da primeira crise
de dor é de aproximadamente 37 anos, sendo que em 76% dos casos há antecedente
de dor lombar uma década atrás.
A maioria das hérnias ocorre na região lombar,
mas também existem hérnias da região torácica e cervical. Neste texto iremos
abordar as hérnias de disco lombares, e para compreendermos o que é a hérnia de
disco e seus sintomas, é necessário entendermos como funciona a anatomia e a
biomecânica da coluna lombar.
A coluna lombar é formada por cinco vértebras
lombares (L1 a L5), são mais robustas e por isso, suportam a descarga de peso, a
coluna lombar realiza principalmente flexão e extensão, aproximadamente 40° e
35° respectivamente e apenas 5° de rotação. Com esses movimentos, o disco
intervertebral, que pode ser descrito como sendo um conjunto de amortecedor,
feito principalmente para suportar as pressões que são impostas as vértebras, se
movimentam junto com a coluna, quando ocorre a flexão o núcleo
do disco se desloca posteriormente e quando ocorre a extensão o núcleo do disco
se desloca anteriormente.
A estabilidade da coluna ocorre de maneira
passiva e ativa, entre os estabilizadores passivos estão os
ligamentos longitudinais anterior e posterior, sendo o anterior mais largo e o
posterior mais delgado. Já os estabilizadores ativos, ou dinâmicos, são os
músculos profundos do CORE (centro do nosso corpo) que são: o
transverso do abdômen, assoalho pélvico, multífídos e diafragma que formam um
cilindro de sustentação da coluna, estes são essenciais ao movimento,
proporcionando estabilidade e proteção, absorvem os choques e
nutrem as articulações.
O que ocorre inicialmente em sua fisiologia é
a diminuição dos proteoglicanos no disco intervertebral que são responsáveis
pela hidratação do núcleo pulposo. Com a conseqüente perda das
propriedades do núcleo pulposo mais pressão é transmitida para o disco
intervertebral, o núcleo perde suas propriedades hidráulicas de amortecedor das
pressões e as fibras do disco intervertebral tornam-se mais susceptíveis a
ruptura e como conseqüência maior a chance de ocorrer hérnia de
disco (quando o núcleo de desloca para fora). Com isso, a hérnia de
disco comprime as raízes dos nervos e medula, que estão próximas a ela.
Quando a hérnia de disco ocorre na região lombar, causará os
sintomas de dor lombar e/ou dor em pernas, e/ou parestesia (formigamento) em
pernas e/ou fraqueza em pernas. O local da perna que será afetado dependerá de
qual altura da coluna lombar surgiu a hérnia de disco e, consequentemente, qual
a raiz do nervo ciático que está comprimindo. Além disso, as
lesões da coluna vertebral são atribuídas ao desequilíbrio e desalinhamento
desta estrutura, ou seja, a má postura.
Fatores hereditários são os que mais provocam
hérnia de disco, os fatores como os traumas de repetição no
trabalho e no esporte, traumas direto, o fumo
e a idade avançada também são motivos de lesões degenerativas. O sedentarismo é
um fator determinante para dores nas costas oriundas da hérnia de disco e de
outras doenças, pois as pesquisas comprovam que a atividade física qualitativa
para coluna é um fator de extrema importância para melhora e prevenção das dores
nas costas.
Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor
lombar e hérnia de disco estão:
•Trabalho físico pesado
•Postura de trabalho
estática
•Flexionar e girar o tronco freqüentemente
•Levantar, empurrar e
puxar
•Trabalho repetitivo
•Vibrações
•Psicológicos e psicossociais
(por exemplo: ansiedade e estresse)
Para tratar a hérnia de disco temos duas opções o tratamento
cirúrgico e o conservador. Como a disfunção dos tecidos moles pode alterar o
movimento articular e diminuir a eficácia da mobilização-alongamento da
articulação, o tratamento frequentemente inicia-se com fisioterapia para
diminuir a dor e o espasmo muscular e aumentar a mobilidade dos tecidos
moles.
Portanto, o objetivo passa a ser de melhorar o grau de
mobilidade músculo-articular, diminuir a compressão no complexo disco vértebras,
fortalecer os músculos profundos e posturais da coluna vertebral através de
exercícios terapêuticos específicos enfatizando o controle intersegmentar da
coluna lombar, cervical, quadril e ombro, promovendo uma postura e uma
estabilidade adequada.
Com os princípios abordados pelo método Pilates é possível
manter os benefícios decorrentes do tratamento, através da respiração melhoramos
os sintomas de ansiedade e estresse, com os exercícios, que enfatizam a
estabilização da pelve, caixa torácica, ombros e cervical, fortalecemos a
musculatura profunda e global, melhoramos a flexibilidade, equilíbrio e com isso
obtemos uma maior consciência corporal mantendo uma postura mais alinhada e
protegida.
Dica Körper Pilates!!!
Agende já sua aula experimental gratuita!!!